quinta-feira, 12 de junho de 2008
De(ath)sign
Eu amo o What The Duck? e sempre achei que faltava aqui no Brasil uma coisa parecida (eu até já vi, mas acho muito ruim).

Bom, a novidade é que eu não tinha procurado direito (dã).



O De(ath)sign é ótimo. As atualizações não são muito frequentes mas porra, pensa que vida de designer é fácil?

Pra quem acha que é exagero, eu vi isso da tirinha acontecer na minha frente mês passado. O site lá com o tradicional lorem ipsum dolor sit amet pra ocupar espaço enquanto a cliente não entrava com o texto, até que alguém diz "nossa, que site legal, mas você não vai escrever em português? porque eu não tô entendendo nada".

E não, a pessoa não tava brincando. Juro.

Ah, se você faz a linha micreiro loser, o De(ath)sign também tem fotolog.

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permalink 15:48  

sábado, 27 de outubro de 2007
Lost in translation
Sou contra gente que cria blogs e chupinha conteúdo alheio? Sou.

Aí tem a variação, traduzindo o conteúdo alheio. Ok, útil pra quem não fala inglês (se bem que eu não dou essa colher de chá, acho que o mínimo que uma pessoa com vergonha na cara precisa fazer é aprender inglês pra trabalhar com web).

Mas assim... traduz direito né?

Deos do céu, hoje eu achei um blog chupim que me levou a um artigo - que não merece link - que foi traduzido pela bunda da pessoa.

Eu não sei vocês, mas a minha concentração vai pro saco quando eu encontro um erro de tradução num texto. Já era, não consigo mais prestar atenção, vou procurar outros erros. Ou largo tudo e vou atrás do original, se o assunto for interessante. Nesse caso não era tão interessante assim, era só uma lista de 49 coisas que eu já estou cansada de saber.

Acho que tudo nessa vida se resume à filosofia do "vai fazer? faz bem feito"...

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quarta-feira, 17 de outubro de 2007
Ban
Alguma criança ofendida se identificou com as porcarias expostas aqui e, profundamente abalada, achou que ficar postando a mesma porcaria de novo e de novo e de novo nos comentários iria adiantar alguma coisa.

Bem, adiantou: os comentário agora são moderados. Quer encher o meu saco, à vontade, com dois cliques eu mando teu comentário pra lixeira e você vai estar assim, mais ou menos falando com a minha mão.

Isso aqui *não* é uma democracia.


PS: cada reload é um troco do adsense que a tia Kika ganha, então por favor, continuem se dando ao trabalho, ok?

PPS: recebi com carinho cada dica de que-grande-merda-é-essa-? que vocês me mandaram, vou esperar juntar várias pra publicar.

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permalink 23:16  

domingo, 26 de agosto de 2007
Pegando pesado?
Vou aproveitar que estou verborrágica pra comentar uma coisa que eu ouvi sobre o post anterior.

Me disseram que eu peguei pesado.

Ahhh, sério?

Peguei e pego mesmo.

Se um adolescente desocupado abre uma barraquinha na calçada de casa oferecendo consultas médicas de graça, o que acontece com ele? Vira piada na vizinhança.

Quando uma pessoa que nunca estudou medicina e exerce ilegalmente a profissão é descoberta, o que acontece? Essa pessoa vai pra cadeia (em teoria, né?). A mesma coisa acontece com o advogado, o engenheiro, o arquiteto...


E o design, não é uma carreira como qualquer outra?

Por que alguém pode sair por aí exercendo o design sem conhecimento?


* * *


Não me entendam mal, eu não acho que uma criança que ganha um computador novo seja uma ameaça, um concorrente direto dos profissionais.

A partir do momento em que o ego fala tão alto que eles passam a achar que podem ganhar dinheiro com design, eles são uma coisa muito pior. São uma racinha desgraçada que fazem do design uma grande piada. São os micreiros, os sobrinhos, a escória da humanidade.

Com isso, os profissionais de verdade são desvalorizados, desrespeitados... é a velha história do "pra que vou te pagar mil se meu sobrinho faz por dez?".


Ok, ninguém precisa concordar com os meus métodos. As pessoas têm todo o direito de achar que os meus meios estão errados. Cada um que pense o que quiser de mim, tô me cagando pra isso. Sou muito educada e fina, mas só com quem faz por merecer.

Só que eu acho muita micreiragem defender o que essa molecada faz. Pra mim, tem que estar no mesmo nível deles pra rolar essa identificação. A pessoa que não vive de design, não paga contas, não vê sua profissão na sarjeta, acha tudo isso muito normal mesmo... ou é muito burra, aí não tem conserto.


* * *


Todo mundo tem o direito de brincar. Como as faculdades de design são raras e recentes, existe toda uma geração de auto-didatas no mercado hoje em dia, que aprendeu um pouquinho aqui, outro pouquinho ali, e principalmente que se formou na base da tentativa e erro.

Não é errado fuçar pra tentar aprender HTML, não é errado ter uma dúvida estúpida sobre Flash e fazê-la no orkut - embora nenhum profissional auto-didata tenha chegado muito longe mendigando respostas prontas em fóruns: pra conseguir alguma coisa é preciso saber se virar e depender única e exclusivamente de si mesmo pra aprender.

O errado é achar que saindo de um cursinho de web design ou terminando de ler uma apostila de Dreamweaver você já está habilitado pra sair por aí ganhando dinheiro com isso. Não está!

"Tá, se eu não posso ganhar dinheiro vou fazer de graça"... não, não vai! Vai treinar, vai estudar, vai fazer uns sites pra vc mesmo pra aprender alguma coisa... A menos que você esteja fazendo caridade, trabalhar de graça não é certo. E algumas pessoas colocam certas coisas online que até como caridade chega a ser uma ofensa.

* * *

Web design não é aprender a usar algumas ferramentinhas legais que você comprou no camelô, assim como arquitetura não é saber brincar no AutoCad.

Idiota de quem acha isso, e mais idiota ainda de quem coloca a marca da sua empresa na mão de um micreirinho. Quando se toca do tamanho da cagada, corre pra gente pagando o que for pra terem o respeito dos clientes online de volta.



Então, se eu pego pesado, me desculpem por valorizar a profissão que eu escolhi, ok? Me sustente, banque o meu consumismo, e aí quem sabe eu fique mais branda.

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terça-feira, 21 de agosto de 2007
Como reconhecer um caloteiro
Posso estar me precipitando, mas acho que novamente cruzei meu caminho com um caloteiro. Inadimplente de cu é rola, o nome de quem não paga é caloteiro mesmo. Deixa o politicamente correto pra quem merece.

Ok, sem problemas. Sou gata escaldada, já aprendi a me cuidar e não vou perder nada com isso a não ser uma tarde de paciência que foi pro saco aguentando pressão. Além disso, por mais que a gente seja totalmente contra o uso de templates, sabemos que a reciclagem de código existe e é necessária. Basicamente nada se perde.

Como eu já passei pela experiência de prestar serviço e não receber, e como um amigo está passando exatamente pela mesma situação, resolvi traçar um perfil geral de como um caloteiro se comporta.

Acho que tomei um calote, e agora?

Tia Kika vai ajudar vocês crianças...

Mas por favor tenha um pouco de discernimento: nem todas as pessoas são iguais, cada caso é um caso e essa é uma generalização baseada em casos que *eu* conheço. Tenha cérebro pra sacar isso antes de encher o meu saco.

* * *

Caloteiro sempre tem pressa

O cara entra em contato com você e já te passa o projeto de cara. Mesmo que você diga que cobra uma parte adiantado, ele diz que vai fazer o pagamento "ainda hoje", te passa todo o material e te pede pra começar o mais rápido possível.

Aqui, não fique com dó de ninguém: se ele tem pressa, você pode até começar a trabalhar no projeto imediatamente para que você tenha um prazo confortável, caso aconteça algum imprevisto, sei lá. Mas enquanto você não vir a cor do dinheiro, não entregue nem uma vírgula, e não publique o trabalho em uma área de testes na Internet de jeito nenhum.

Com essa história de pressa, ele te convence a entregar o trabalho antes do pagamento compensar, e aí quem te garante que você vai receber?

Fora que a pressa é desculpa pra ficar te ligando ou te mandando email de hora em hora pra ver como as coisas andam. A idéia é encher tanto o teu saco que você resolve entregar tudo logo pra ficar livre. Não caia nessa. Respire fundo, conte até 10, e se a raiva for muito grande, abra o orkut e arrume briga com alguém pra descarregar as energias ruins xD

* * *

Caloteiro sempre te enche de promessas de trabalho

Antes mesmo de você entregar o primeiro trabalho, o cara já te diz que tem um super projeto pra te passar.

Vem cá, por mais que o seu portfolio e seus trabalhos anteriores mostrem do que você é capaz, eles não mostram como você trabalha. Não dá pra saber se você é organizado com o seu código, se cumpre prazos... quem com um pingo de profissionalismo lota um prestador de serviços de trabalho antes de ter certeza de que ele é sério, responsável e organizado?

Claro, a idéia aqui é iludir o designer, pra ele se animar a "mostrar serviço", fazer tudo mais rápido, entregar coisas antes do prazo (e do pagamento).

Se nós precisamos ser profissionais, quem nos contrata precisa ter essa mesma postura.

* * *

Caloteiro sempre tem um projeto "abandonado"

É batata: se alguém te passar um site que precisa ser terminado, grandes chances do designer anterior ter se enchido do calote e largado tudo. Como caloteiro sempre tem backup, ele te manda o trabalho, diz que o designer anterior largou o projeto (ou teve problemas pessoais) e é pra você terminar o que foi começado.

Ora, designer é humano (embora não nos tratem como tal), pode ter problemas pessoais sim. Mas ninguém larga um bom projeto pela metade porque encheu o saco.

Quando te passarem trabalho já começado, procure entrar em contato por conta própria com o designer anterior pra saber o que aconteceu. Mas não vá pedir o e-mail dele pro caloteiro hein! Seja mineirinho e faça as coisas quieto...

* * *

Caloteiro odeia e-mail

Pessoas que trabalham com Internet sabem usar o e-mail. Claro, se um cliente entra em contato diretamente com você pra desenvolver o site da empresa dele, é natural que ele tenha a mentalidade de empresário, que queira tratar de negócios por telefone ou mesmo pessoalmente. Repare que a maioria dá um telefone de contato e espera você ligar. Neste caso, o melhor mesmo é conversar com o cliente, tirar todas as dúvidas e passar tudo pro papel, apresentando uma proposta formal. Se fecharem o negócio, faça um contrato com cada detalhe do projeto e pronto.

Agora, pessoas que atuam como "agentes", contratando você para desenvolver sites para produtoras e agências, essas sim, têm obrigação de saber tratar de negócios por e-mail.

E por que o e-mail? Porque fica tudo registrado, e em caso de processo, é a única coisa que vale como prova.

Pode reparar: quando a pessoa trabalha como agente e insiste pra conversar por MSN ou Skype - ou pede o seu telefone pra ligar pra você - tudo é resolvido assim. E aí, fica o dito pelo não dito? Como você prova que cumpriu o prazo, ou que a data limite pro pagamento já foi?

Eu não gosto disso. Faço questão de só falar por e-mail, principalmente pq a minha memória é péssima e é muito mais fácil achar alguma coisa num e-mail do que nos arquivos do MSN. E falar no telefone anotando tudo é um saco.

Existem ainda caloteiros que chegam ao extremo de tratar detalhes de negócios pelo scrapbook do orkut. O primeiro contato tudo bem, mas depois disso? Tsc tsc tsc.

* * *

Bom, é mais ou menos esse padrão que eu reconheço dos caloteiros malditos que eu conheço. Se você acha que eles agem diferente, os comentários estão abertos.

Só não se esqueça: eu não sou suporte técnico! Quer contar o teu caso, sinta-se à vontade, mas não me peça pra te ajudar. Procure um advogado, que é a pessoa que pode analisar seu caso e te orientar da maneira correta.

Agora, se você é um filho da puta bastardo que costuma contratar os outros e não pagar, eu não só quero que o teu pau seque e caia como também já vou avisando que eu me dou ao direito de apagar quaisquer comentários que defendam a sua casta nojenta. E se abusar/insistir/falar merda, vira pérola.

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